"Detenção dos 15+2 foi uma Forma do Gov Intimidar os jovens:" Pai do Nito Alves

A Rádio Angola tem estado a produzir entrevistas exclusivas com os familiares dos 15+2 jovens activistas, que completaram um ano nas presos de Luanda a 20 de Junho último. Desta vez, entrevistamos o Senhor Fernando Baptista, pai do activista Manuel Chivonde Baptista Nito Alves. Tendo o filho na cadeia há um ano, Fernando Baptista reclamou que a sua família está a “passar momentos de muita amargura”, caracterizando a prisão dos 15+2 activistas como “uma forma que o governo achou de intimidar os jovens para não reclamarem daquilo que está errado sobre a governação”. O progenitor afirmou não confiar na justiça angolana porque por ter criado calúnias que culminou na condenação dos jovens.

O pai do activista não apenas falou das dificuldades que a família tem tido, mas também abordou sobre a situação do filho, enfatizando que a cadeia não é lugar para ninguém. Fernando Baptista reclamou também da saúde do filho, afirmando que ultimamente o activista tem sofrido fortes dores de cabeça relacionadas com problemas de visão.

O nosso entrevistado revelou que as autoridades falharam por não terem levado o filho para a consulta na data marcada, acrescentando que alguns médicos do Hospital Prisão de São Paulo, em Luanda, aconselharam ao activistas novas consultas no Hospital Militar. No entanto, Fernando Baptista pede sensibilidade do governo angolano a fim de libertar os jovens porque, segundo ele, em países democráticos, ninguém pode ser preso por pensar diferente. “Eu agradeço que o governo angolano liberte os jovens que foram condenados inocentemente”, rematou.

Oiça na íntegra, a entrevista da Rádio Angola, conduzida por Florindo Chivukute: